quinta-feira, 6 de junho de 2013

Something about me..

Eu estive na escuridão. Eu sei o que é. Eu sei quem faz parte. Eu..estive lá. E nela me tornei. Eu tornei-me num monstro. Um ser inexistente. Um ser feio. Horroroso. Eu tornei-me triste. Tao vergonhosa, que nem os espelhos transparecem a minha imagem. Talvez seja tão invisível, quem nem um próprio objecto me reconhece. Não me reconhece como um ser. Não me reconhece como um ser humano. Tudo se afasta. Todas as nuvens, que uma vez estiveram no céu , se afastaram. Até um simples papel. Um papel tão fino, voa. Afastando-se de mim. Serei assim tão má? Que até as forças da natureza se recusam a servir-me. O sol já não brilha, como antes brilhava. O solo, já não é tão fértil, como um dia foi. O vento, que todos os dias faz esvoaçar os meus finos cabelos, já não é o mesmo. Tal como eu. Eu antes era feliz. A toda a hora, um sorriso iluminava o dia. E agora, eu ainda sorri-o, mas é farsa. É um falso testemunho para esconder toda a dor. Sim eu estou bem. Não. Por muito que queiram uma explicação, nunca a irão ter, pois a confiança não é suficiente. Isto são problemas, que prefiro lidar sozinha. Toda a solidão, porque não a ter sozinha? Apenas oiço o meu gritar no silêncio. E ele parece ser o meu único amigo. Estou rodeada de gente, mas nunca irá significar algo, pois lá dentro sinto me só. Sinto-me como uma árvore num descampado. O sol é intenso, mas a pele nunca aquece. Irá ser sempre porcelana fria. As raízes, estão cada vez mais fracas, cada vez mais velhas, ao verem o futuro sem a luz brilhante. Sem a luz que me deve guiar. Os pensamentos obscuros que me passam pela cabeça, permanecem no topo, como as estrelas misteriosas, que brilham, mas tal como os meus olhos, não veem nada. Estão cegos. Totalmente brancos. Estão brancos como as paredes onde me encontro. Como tudo o que me rodeia e não e suficiente. Tudo o que me rodeia. Nada de mais. Nada de mais, como as palavras que escrevo. Elas que nunca irão longe. Nunca irão sair das folhas encardidas, do velho diário. As folhas, que a cada dia são preenchidas com mais letras. Mais letras, que para ti, jamais irão significar algo.

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