És como resina de uma árvore. És como água de um lago. És como
o sangue que escorre por uma veia. És aquilo que não me deixa partir. Não me
sai do pensamento. Por muitos cortes que faça, um nunca chegará. Nem dois,
três..é como um ciclo vicioso. Como o amor. Nós podemos apaixonar-nos. Somos
livres. Mas depois do desgosto, ficamos presos á pessoa. Mesmo com a distância
a separar, nós achamos sempre uma maneira de nos magoarmos outra vez. É um
ciclo vicioso. É a chama que não se vê. É o poder, a garra, o desgosto que nos
mantém vivos. Nós temos prazer na dor. No sangue. Temos nota máxima na
representação. O actor que mais brilha. Eu contei as vezes que sorriste para
mim, e as que morreste nos dias em que não
o fazias. O que achas de fugir? O paraíso não existe, mas nós podemos tentar
criá-lo. Vamos fugir, vamos ser felizes, vamos tornar o ciclo ainda pior do que
é. vamos fugir desta vida.
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